O tema escolhido para esta quarta edição é "O Rio é o mundo", em referência ao sucesso dos Jogos Olímpicos realizados na cidade recentemente. "Em sua essência, o circo tem caráter itinerante e tradição de percorrer o mundo. Nossa ideia foi traçar um paralelo com a vocação que o Rio reforçou durante a Olimpíada: receber pessoas e abraçar o mundo", explica Vinícius Daumas, diretor do festival.
A abertura da mostra ficará por conta dos espanhóis da Cia Cíclicus. No espetáculo "Pals", conceitos de transformação inspiram um show de circo contemporâneo com elementos rústicos e naturais. Além da sessão fechada para convidados e jornalistas, no dia 17/11, no Teatro Carlos Gomes, na Praça Tiradentes, a companhia também se apresentará nos dias 18, 19 e 20, às 20h.
Outros espaços da cidade que vão receber os espetáculos da programação Festival Internacional de Circo são: Teatro Municipal Ziembinski, na Tijuca; Biblioteca Parque de Manguinhos; Parque Madureira; Arena Jovelina Pérola Negra, na Pavuna; e Biblioteca Parque Estadual, Circo Crescer e Viver e Praça Mauá, no Centro.
Programação conta com 40 apresentações
A pluralidade de linguagens circenses é a marca do Festival Internacional de Circo do Rio, que reúne em sua programação espetáculos de circo contemporâneo, peças com números do circo clássico, além de apresentações voltadas ao público infantil.
A companhia franco-brasileira Sôlta participará do FIC com a peça "Apesar". Em cena, Alluana Ribeiro e Tom Prôneur interpretarão um velho casal que esqueceu como se comportar "normalmente" e o circo se tornou seu modus operandi. De Brasília virá a Cia. Circo Rebote, com "Inka Clow", representando a poesia e a expressão da cultura andina, e "Tome sua poltrona", comédia circense inspirada nos teatros populares do passado. A LaMínima trará de São Paulo "A la carte", espetáculo de palhaços com Fernando Sampaio e Filipe Bregantim.
"A Salto Alto - Entre Gentilezas e Extermínios", espetáculo que profana a fábula romântica da Cinderela, com uma crítica ao consumismo desenfreado da sociedade atual, vai ser a aposta do Circo no Ato para encantar o público no Festival Internacional de Circo. A vida do artista circense e a sua busca pela virtuose cênica são o mote de "Aquilo que não cabe em mim", do grupo Circo em nós. Elementos tradicionais, como monociclo, mágica e acrobacia de solo, estarão presentes no espetáculo, fazendo um contraponto aos elementos mais modernos.
Os alunos do programa de formação artística da instituição apresentarão "Epitelial", encenação inspirada no "Mito da caverna", de Platão. "Parada Shakespeare" será a atração apresentada pela Cia iLtda, formada por artistas com e sem deficiência. Já o Circo Carioca Social Clube vai apresentar um espetáculo que une circo e dança: "Ah Abusado!".
O coletivo Nopok participará com dois espetáculos: "Carrilhão", que retrata a vida dos mascates em uma fusão das linguagens do circo e do teatro; e "Deslizes", que faz uso de técnicas acrobáticas e de equipamentos novos, dentro da pesquisa circense do grupo, como a bicicleta acrobática e a mesa deslizante. A Cia Up Leon levará ao FIC o infantil "Olimpíadas Malucas", com atletas intrépidos surpreendendo a plateia.
Fruto do LabCirco - Programa de Criação Coletiva em Circo, o espetáculo inédito "Feito a mão", dirigido por Luis Igreja, será apresentado no evento. A iniciativa reúne dez jovens artistas (cinco brasileiros, alunos da Escola Nacional de Circo e cinco estrangeiros, graduados na Escuela de Circo Carampa, uma das maiores referência em Circo na Europa). A inspiração para o projeto é o Crece (Creating Circus Exchange), que acontece em Madri e já teve duas edições por aqui (Crece-Sur no 1° e 2° Festival Internacional de Circo do Rio de Janeiro).
Fechando a programação, no domingo, dia 27, o picadeiro do Circo Crescer e Viver vai receber a Mostra Competitiva de Circo. Dez performances circenses selecionadas previamente serão apresentadas e concorrerão a R$5mil em prêmios.
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