quarta-feira, 25 de novembro de 2015

MILTON NASCIMENTO APRESENTA "TARDE" NO RIO DE JANEIRO



Como pode um criador se reinventar após vender mais de vinte milhões de discos, rodar o mundo algumas dezenas de vezes, ter conquistado cinco Grammys e gravado 40 discos? Entre uma turnê e outra, Milton Nascimento passou os últimos anos lapidando aquele que pode ser um dos projetos mais emblemáticos de sua carreira. No Rio de Janeiro Milton Nascimento – “Tarde” chega nodia 16 de dezembro, no Teatro Bradesco Rio.

Concebido a partir dos violões sete cordas do impactante duo mineiro formado pelos irmãos Wilson e Beto Lopes e pelo contrabaixo de Alexandre Ito, "Tarde" mostra releituras para clássicos de Milton de uma forma que sua voz ganhou ainda mais beleza e sofisticação diante da simplicidade direta dos arranjos, porém não menos complexos. Outro ponto de suprema beleza deste novo concerto é a viola caipira usada com maestria por Wilson Lopes em clássicos como "O Cio da Terra", "São Vicente" e "Ponta de Areia".

Além de ter comemorado 50 anos de carreira em 2012, Milton também celebrou uma série de datas importantes nos últimos tempos, como os 45 anos da música que o consagrou, Travessia, e os 40 anos do disco Clube da Esquina. "Todas essas datas serão lembradas de alguma forma neste concerto. Para isso, foi de extrema importância a presença de Wilson Lopes, responsável pelos arranjos e pela direção musical do show", revela Milton.

Bastou pouco tempo para o artista – que já acumula cinco prêmios Grammy na bagagem – se transformar definitivamente em "cidadão do mundo". Na última edição do International Jazz Day, evento criado pela Unesco, em Istambul (Turquia), Milton Nascimento foi o único latino-americano convidado em meio aos maiores nomes do jazz mundial. No Japão, onde é cultuado, surgiram nos anos 1980 seus primeiros fã-clubes, um deles com sede própria no centro de Tokyo. Em Los Angeles, teve seu nome registrado no Royce Hall, onde Einstein apresentou sua Teoria da Relatividade. Recebeu a chave das cidades de Nova York e Miami; foi feito Cavalheiro das Artes e das Letras da República Francesa. A lista de pessoas com quem já gravou (e por quem foi gravado) não tem limites: Wayne Shorter, Herbie Hancock, Mercedes Sosa, Sarah Vaughan, Peter Gabriel, James Taylor, Joe Anderson, Paul Simon, Duran Duran, Stan Getz, Pat Methney, Bjork, Esperanza Spalding, Jason Mraz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário