terça-feira, 3 de junho de 2014

Felipe Barbosa apresenta a mostra “Quadrado Mágico” na Sergio Gonçalves Galeria



A partir do dia 7 de junho, o artista plástico Felipe Barbosa abre a exposição individual “Quadrado Mágico”, na Sergio Gonçalves Galeria. Na mostra, Felipe Barbosa cria um diálogo entre jogos matemáticos e a arte, subvertendo o sentido dos objetos ao ressignificá-los entre formas e signos geométricos, que inspiraram o artista nas 16 obras que serão apresentadas na Galeria.

Para Felipe Barbosa os quadrados mágicos possuem uma espécie de conexões ocultas com os números, onde ele busca fazer uma relação com os objetos que escolhe para trabalhar, trabalho este em que diversas sobreposições ganham formas geométricas. Como a série de painéis hexagonais com fichas e flâmulas dos anos 60, entre outros materiais, todos ganham status de arte nas obras do artista. “Assim como para os sufis e pitagóricos, acredito que os números e suas simetrias, entre as quais os quadrados mágicos, representam os estágios da criação, logo, procuro brincar com o abstrato e criar um novo mundo de possibilidades com a minha arte”, define o artista.

Para o inglês Keith Cricthlow, co-fundador da Academia de Temenos, "os quadrados mágicos são instâncias da harmonia dos números e servem como intérpretes da ordem cósmica que domina toda a existência. Eles aparecem para evidenciar algumas inteligências secretas, as quais, por um plano preconcebido, produzem a impressão de um desenho intencional".

O quadrado mágico também já foi referência no futebol brasileiro, como era chamado o ataque da seleção brasileira na Copa de 2006. Com Kaká e Ronaldinho Gaúcho no meio, e Ronaldo e Adriano no ataque, pois se acreditava no poder de fogo dos quatro craques, que na época, estavam entre os atletas mais valiosos do mundo. Até mesmo o futebol vira arte nas mãos de Felipe Barbosa. Conhecido pela forma como desconstruía e depois recontextualizava a própria bola de futebol, agora une camisas de times distintos, grandes rivais em campo, mas juntos na arte do futebol. A obra "Camisa Brasileira" é a primeira dessa nova série do artista, que já desperta a cobiça dos colecionadores acostumados às obras em que Felipe costurava as bolas de futebol.

Outra novidade nesta exposição são os volantes de Badminton, espécie de peteca usada neste esporte pouco praticado no Brasil, mas muito popular entre os ingleses, em que Felipe os aglomera como já havia feito com lápis, canetas, palitos de fósforos e guarda-sóis. Nessa obra, Felipe cria novas formas de expressão em que a serialização de unidades tomadas como banais, feitas, refeitas e colocadas de forma a darem forma a outros objetos, totalmente disfuncionais, configuram uma nova apropriação entre o fazer industrial e o readymade.

A mostra “Quadrado Mágico”, é a primeira individual do artista na Sergio Gonçalves Galeria, que o representa desde dezembro de 2013 e terá sua abertura no dia 07 de junho, às 14h. Com exposições recentes na Way Cultural, no Rio de Janeiro, no Museu de Arte do Rio (MAR), na Galeria Murillo Castro em Belo Horizonte e em Nova Iorque, Felipe Barbosa apresenta seus mais recentes trabalhos ao público carioca.

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